O deputado federal Kiko Celeguim está enfrentando uma campanha mais desafiadora do que esperava. Como presidente estadual do PT, seu plano inicial era equilibrar a agenda entre Franco da Rocha e outros municípios paulistas, onde o partido também disputa prefeituras e câmaras municipais. Porém, o que ele não previu foi a fragilidade do candidato escolhido para concorrer em Franco da Rocha: seu irmão, Bran Celeguim.
Bran, que disputa a prefeitura, tem enfrentado dificuldades em se conectar com o eleitorado, especialmente com as classes mais humildes. Esse obstáculo acendeu um alerta no diretório municipal, forçando Kiko a assumir a liderança da campanha, relegando o irmão a um papel secundário. A situação fez com que o deputado repetisse a estratégia utilizada na última eleição, quando ajudou a eleger Dr. Nivaldo. No entanto, a comparação para por aí: enquanto Nivaldo compensava sua falta de habilidade política com carisma, Bran carece dessa qualidade essencial.
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Um exemplo recente dessa dinâmica ocorreu na última segunda-feira (30), quando Kiko precisou dar uma bronca no irmão para que ele interagisse com o público durante um comício. Com as eleições se aproximando – previstas para o próximo domingo – Kiko deixou temporariamente suas atividades em Brasília, adotando o home office para focar totalmente na campanha. A vice na chapa, Silmara Ciampone, também parece ter perdido espaço, aparecendo cada vez menos nos materiais e eventos de campanha.
Nesta quarta-feira (2), Kiko acabou cometendo um ato falho em uma publicação, prometendo que “durante seu governo, nenhuma escola terá mais de 25 alunos e que vai dobrar a educação em tempo integral.” Ao invés de “nosso governo”, ele disse “meu governo”. A declaração levanta questionamentos importantes: em quem o eleitor está votando de fato? Quem vai governar Franco da Rocha caso o PT vença? São dúvidas que os eleitores merecem ver esclarecidas antes de irem às urnas.
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