Mariana Galante de Carvalho, assistente parlamentar do deputado estadual Maurici (PT), atuou como conselheira de Bran Celeguim durante o debate do Cidade Repórter no último dia 25 de setembro. Seu nome surge em meio às investigações que envolvem a Entrelinhas Comunicação e a empreiteira Engevix, empresa ligada à condenação em primeira instância do ex-ministro José Dirceu na operação Lava Jato. Desta decisão, ainda existe recurso pendente no STJ. Mariana recebe um salário de R$ 15.095,83 na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde trabalha diretamente com o pai de Celeguim.
Bran Celeguim também integrou o quadro de funcionários da Entrelinhas. A Entrelinhas Comunicação foi citada nas investigações da Lava Jato por ter recebido R$ 900 mil da empreiteira Engevix, que, segundo o Ministério Público Federal, foi usada para lavar dinheiro proveniente de propinas pagas a José Dirceu. Em 2009, a JD Assessoria, empresa de Dirceu, firmou um contrato de R$ 240 mil com a Entrelinhas. A partir de 2011, os pagamentos referentes a esse contrato passaram a ser quitados pela Engevix, que, segundo a denúncia, foi motivada por pedidos do irmão de Dirceu.
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Segundo testemunho de Mariana, o valor de R$ 100 mil por mês foi utilizado para quitar os valores em aberto referentes ao contrato anterior (celebrado entre a Entrelinhas e JD Assessoria) e também para pagar os serviços que estavam aumentando, uma vez que, para atender José Dirceu, passou a ser necessário contar com um prestador de serviços em Brasília, Myrian Pereira.
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Os serviços prestados pela Entrelinhas incluíam a produção de relatórios sobre a imagem de Dirceu, gerenciamento de entrevistas e a organização do livro “Tempos de Planície”. A acusação sustenta que os recursos usados para esses pagamentos foram decorrentes dos crimes cometidos na Petrobras, tendo como objetivo “limpar” a imagem do ex-ministro.
A equipe de Bran Celeguim foi procurada pela Conexão Juquery para comentar a participação de Mariana durante o debate e qual serviço ela prestou, mas não tivemos respostas. A atuação de Mariana Galante de Carvalho na campanha de Bran Celeguim e seu vínculo com a Entrelinhas, uma empresa que desempenhou um papel controverso na Lava Jato, levantam questionamentos sobre a influência que ela pode ter na disputa eleitoral municipal.
Com informações do UOL e o O Globo.