De janeiro a setembro de 2024, o Brasil perdeu cerca de 22,4 milhões de hectares para incêndios florestais, uma área equivalente ao estado de São Paulo. O Cerrado foi um dos biomas mais atingidos, com mais de 8 milhões de hectares destruídos, e a Amazônia sofreu o maior impacto.
No Parque do Juquery, que enfrentou um grande incêndio em 2021, a recuperação da vegetação está em andamento, com projetos de restauração em mais de 200 hectares. Segundo Rodrigo Levkovicz, diretor da Fundação Florestal, a regeneração natural ainda está em processo, com áreas que demandam intervenções específicas.
No caso de áreas de Mata Atlântica, a recuperação é ainda mais lenta, levando de 10 a 30 anos para que as árvores cresçam e cubram novamente o solo queimado. Segundo o engenheiro florestal Marcelo Freire Mendonça, coordenador da Operação Fogo Zero, o acompanhamento é contínuo para garantir a regeneração eficiente dessas áreas devastadas.
Esses incêndios, agravados pelas mudanças climáticas e a ação humana, representam um grande desafio para a preservação ambiental no Brasil, exigindo esforços de longo prazo para a recuperação dos biomas afetados.