O Brasil registrou, até o dia 9 de abril de 2025, um total de 51 acidentes aéreos, segundo dados do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer). As ocorrências resultaram em 19 mortes — sendo 12 tripulantes e 7 passageiros —, além de 11 feridos graves e 24 com lesões leves.
A estatística indica que, em média, o país teve um acidente aéreo a cada 46,5 horas no ano. Nenhum dos casos envolveu aeronaves da aviação comercial regular, ou seja, voos operados por companhias aéreas mediante venda de passagens. A maioria dos acidentes envolveu aeronaves da aviação geral e agrícola.
Exemplo recente: helicóptero cai em Caieiras com quatro pessoas a bordo
Na noite de 16 de janeiro, um helicóptero que havia decolado do Campo de Marte com destino a Americana caiu em uma área de mata fechada na região do Morro do Tico-Tico, em Caieiras. Havia quatro pessoas a bordo.
A aeronave foi localizada por volta das 6h15 da manhã seguinte. O piloto e uma menina de 12 anos foram encontrados com vida. Já os pais da criança foram encontrados mortos no local. O resgate mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e provocou a interdição do km 30 da Rodovia dos Bandeirantes, no sentido São Paulo.
Aviões agrícolas concentram quase metade dos acidentes
Entre os 51 casos, 24 envolviam aeronaves agrícolas, e 25 ocorreram durante fases críticas do voo: 15 na decolagem e 10 no pouso. O estado com maior número de ocorrências foi São Paulo, com nove acidentes, seguido por Bahia (6), Mato Grosso (5) e Minas Gerais (5).
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Aeronaves antigas predominam entre os casos
A análise da idade das aeronaves mostra que 21 aviões (41,2%) envolvidos nos acidentes foram fabricados antes do ano 2000. Por outro lado, nove aeronaves (16,7%) foram construídas a partir de 2019, sendo duas delas em 2024.
A aeronave mais antiga a cair neste ano foi fabricada em 1968, justamente o monomotor que caiu em Campina Grande (PB), em abril.
Queda em relação ao ano anterior
Apesar dos números expressivos, houve redução de 12,1% no total de acidentes em relação ao mesmo período de 2024, quando o Brasil registrou 58 ocorrências até 9 de abril.
Os dados do Sipaer não incluem incidentes e incidentes graves, considerados de menor gravidade e que não resultam necessariamente em danos estruturais à aeronave ou vítimas.