O Hospital Previna foi alvo nesta quinta-feira (02) de mandado de busca e apreensão da Polícia Civil, que investiga as mortes de três pacientes na mesma unidade. Prontuários médicos foram apreendidos e levados ao Distrito Policial de Franco da Rocha. Uma pessoa foi presa.
Duas pessoas morreram durante a realização de cirurgias bariátricas, realizadas por um mesmo médico, e um terceiro inquérito apura a morte de uma grávida que veio a óbito durante a anestesia antes da cesárea.
Segundo relatos, Adrielle Sacramento, 24 anos, recebeu uma raquianestesia antes do trabalho de parto. O medicamento, bastante comum nesse tipo de operação, deixa a paciente paralisada da cintura para baixo, porém, acordada.

Mas, na sala de cirurgia, os rumores é de que a anestesia não foi suficiente e que a paciente precisaria de uma anestesia geral. No entanto, a dose aplicada foi acima do que a vítima suportou.
De acordo com as investigações, o médico anestesista, suspeito de aplicar o medicamento, ainda não terminou o curso de medicina e, consequentemente, não possui o registro profissional junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) atuando, por tanto, de forma irregular.
A Polícia Civil trabalha, inclusive, com a possibilidade de subnotificações, e espera que com a repercussão do caso outras denúncias apareçam durante as investigações.
Outras mortes
No ano passado, outros dois pacientes morreram na mesma unidade durante a realização de cirurgias bariátricas, procedimento conhecido como “redução do estômago”. As suspeitas é de que as vítimas tiveram órgãos perfurados.
Em 2017, uma reportagem da Record TV noticiou a morte de Maria Solange, grávida de gêmeos, na mesma unidade. A mulher teria procurado assistência médica quatro vezes antes de finalmente ser atendida.
Segundo o marido da vítima, Maria Solange sentia fortes e dores e nenhum exame foi realizado. Quando o hospital decidiu pela cesárea de emergência, já era tarde. Os bebês morreram durante o procedimento cirúrgico, e a mãe morreu 24 horas depois.
O Hospital Previna, administrado pelo grupo Plena Saúde, ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações.