O primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de Franco da Rocha, realizado na noite desta quarta-feira (25) pelo Cidade Repórter, gerou uma troca de farpas entre Bran Celeguim (PT) e Lorena Oliveira (Solidariedade). O momento de maior tensão ocorreu quando Celeguim tentou definir o conceito de “empoderamento feminino”, em referência a uma acusação de abuso sexual na Câmara Municipal em 2019, o que foi interpretado como um caso de “mansplaining” — quando um homem explica algo a uma mulher de forma condescendente.
“Empoderamento feminino e discurso de combate ao abuso não podem ser apenas palavras, têm que ser atitudes”, afirmou Celeguim, alfinetando a adversária.
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Na sequência, Lorena Oliveira, vice-prefeita e única mulher na disputa, utilizou seu tempo de resposta para rebater a fala de Celeguim. “Para falar sobre empoderamento feminino, eu, como mulher, tenho condições de falar com mais firmeza e mais propriedade do que você, não é, Brandino?”, retrucou a candidata, referindo-se ao oponente de forma irônica.
A discussão acendeu o debate sobre o papel das mulheres na política e o tratamento que recebem durante a campanha. Lorena, que busca ser a primeira prefeita eleita da cidade, tem destacado o tema como uma de suas principais bandeiras, em contraponto às declarações do petista, que conta com o apoio do atual prefeito, Kiko Celeguim.
O que é mansplaining
Mansplaining é um termo utilizado para descrever a atitude de um homem que explica algo de maneira didática e condescendente para uma mulher, assumindo que ela não tenha conhecimento sobre o assunto. A palavra combina as expressões em inglês “man” (homem) e “explaining” (explicando) e é vista como um comportamento que reflete desigualdades de gênero, muitas vezes desqualificando a fala ou o conhecimento feminino.