O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi reeleito presidente do Senado nesta terça-feira, com 73 dos 81 votos possíveis. Alcolumbre, que já comandou a Casa de 2019 a 2021, terá um novo mandato de dois anos e se comprometeu a garantir a autonomia do Senado, fortalecer a fiscalização do Executivo e promover um diálogo mais harmonioso entre os Poderes.
O novo presidente do Senado, que obteve um apoio expressivo da maioria dos senadores, derrotou o dissidente do PL Marcos Pontes (PL-SP) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que receberam apenas quatro votos cada um. A eleição contou com algumas desistências, como a do senador Marcos do Val (Podemos), que alegou falta de condições para uma disputa democrática.
Alcolumbre destacou a importância de respeitar a palavra empenhada entre os senadores e o papel do Legislativo no processo de formulação de políticas públicas. Em seu discurso após a vitória, ele enfatizou a necessidade de uma postura firme do Senado, respeitando acordos políticos e assegurando a independência da Casa.
“A palavra empenhada é a base de nossa convivência política”, afirmou o senador. “Não haverá pacificação, não haverá reconstrução, não haverá futuro sem um diálogo respeitoso entre os Poderes.”
Além de garantir um equilíbrio entre as demandas do governo e a independência do Senado, Alcolumbre também prometeu revisar a prática da Câmara dos Deputados de anexar propostas do Senado a projetos em estágio inicial, o que, segundo ele, dá protagonismo à outra Casa Legislativa.
Alcolumbre, que iniciou sua carreira política como vereador de Macapá e passou por diversos mandatos, é visto como um político pragmático, com uma sólida relação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante sua candidatura, ele obteve apoio de 11 dos 12 partidos do Senado, incluindo o PL e o PT, que indicaram os senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Humberto Costa (PT-PE) para as vice-presidências da Casa.
A vitória de Alcolumbre marca o início de um novo ciclo para o Senado, que deve se debruçar sobre pautas importantes para o país, com o novo presidente prometendo atuar com firmeza para garantir a estabilidade e a autonomia do Legislativo.