Fundação Casa: Sindicato teme insegurança após afastamento de agentes

Presidente do Sitsesp se reúne com autoridades para discutir impacto dos afastamentos nas unidades da Fundação Casa em Franco da Rocha

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O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Socioeducativo do Estado de São Paulo (Sitsesp) intensificou suas atividades em resposta ao afastamento de agentes socioeducativos nas unidades da Fundação Casa em Franco da Rocha. Após denúncias de agressões a menores ganharem destaque na mídia, o presidente do Sitsesp, Neemias de Souza, participou de uma audiência com o juiz Rafael Campedelli para discutir os impactos dos afastamentos.

Na tarde de quarta-feira (24), Neemias de Souza esteve em Franco da Rocha para alertar o judiciário sobre as consequências dos afastamentos de profissionais. Relatos indicam que diligências realizadas resultaram no afastamento de agentes com base em denúncias de agressão, prejudicando o funcionamento das unidades e afetando emocionalmente os trabalhadores.

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O Sitsesp solicitou com urgência uma audiência com o juiz Rafael Campedelli, reunindo também representantes da Defensoria e Ministério Público. O objetivo foi sensibilizar a justiça e as demais entidades sobre a gravidade da situação e o trauma causado pelos afastamentos.

Durante a reunião, o magistrado reconheceu a representatividade do Sitsesp e comprometeu-se a reavaliar as ações da justiça. Franco da Rocha abriga quatro centros socioeducativos da Fundação Casa, e no último ano foram registrados 20 afastamentos, incluindo diretores, coordenadores e agentes.

Neemias de Souza reiterou o respeito e confiança na justiça, enfatizando a crença na inocência dos profissionais e o compromisso destes em ressocializar os adolescentes. Além da audiência com o magistrado, Neemias de Souza e outros diretores do Sitsesp visitaram as unidades, reiterando o apoio aos trabalhadores em todos os momentos.

Entenda o Caso

O afastamento do diretor e sete funcionários do Centro de Atendimento Inicial e Provisório (CAIP), ligado à Fundação Casa, em Franco da Rocha, ocorreu após pedido da Defensoria Pública e Ministério Público, embasado em denúncias de agressões a adolescentes detidos no local.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), as denúncias relatam “abusos físicos sistemáticos”, incluindo agressões como chutes, socos e enforcamentos, além de limitação na oferta de água.

A decisão judicial considerou as violações presentes na unidade e determinou o afastamento dos envolvidos. A Fundação Casa afirmou que tomou providências ao ser informada da decisão judicial, afastando os funcionários envolvidos e investigando o caso.

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