O governo federal deve definir nesta quarta-feira (16) se o horário de verão será retomado no Brasil ainda em 2024. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reúne com outros integrantes da pasta e receberá novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para embasar a decisão.
Segundo fontes do governo, a expectativa é que a medida só seja adotada este ano se o ONS apontar que ela é estritamente necessária. De qualquer forma, a implementação não seria realizada antes do segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro.
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A possibilidade de retorno do horário de verão ganhou força devido à seca e ao impacto na geração de energia. No entanto, o início do período chuvoso e a resistência de setores como o aéreo — que teria que reajustar malhas já vendidas — enfraqueceram a proposta. A indústria também teme aumento de custos, enquanto setores de turismo, bares e restaurantes apoiam a medida.
Na última semana, Silveira destacou que o período mais relevante para a aplicação do horário de verão seria entre 15 de outubro e 30 de novembro. Ele ressaltou que o objetivo seria aliviar o sistema elétrico em momentos críticos, quando o consumo de energia atinge picos devido ao calor e ao uso elevado no meio da tarde.
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Como alternativa ao horário de verão, o Ministério de Minas e Energia solicitou ao ONS estudos sobre formas de compensar a economia gerada pela mudança no relógio, estimada em R$ 400 milhões. Entre as opções estão a busca por termelétricas mais baratas e o aumento da utilização de linhas de transmissão de Itaipu.
O horário de verão foi suspenso no Brasil em 2019 e, desde então, não voltou a ser implementado.