O governo federal não projeta um aumento nos valores do Bolsa Família para 2025. Atualmente, o programa atende 20,7 milhões de famílias com um benefício mínimo de R$ 600 por mês. Nos primeiros oito meses de 2023, foram repassados R$ 113,9 bilhões às famílias beneficiadas, uma média de R$ 14,3 bilhões mensais.
Em meio às discussões sobre cortes de gastos, o governo deve enviar ao Congresso, até o dia 30 de agosto, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025. Segundo a prévia do orçamento divulgada no relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a previsão para o Bolsa Família no próximo ano é de R$ 174,7 bilhões, um valor próximo aos R$ 170 bilhões destinados ao programa em 2023. Isso sugere que os valores dos benefícios não terão reajuste.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome confirmou que, até dezembro de 2024, não haverá aumento no valor do Bolsa Família. No entanto, a pasta não descartou uma reavaliação para 2025, dependendo da inflação e dos preços dos alimentos.
“Não está previsto nenhum reajuste no Bolsa Família até dezembro de 2024. O poder de compra do benefício permanece estável, devido à queda nos preços da cesta básica e outros fatores econômicos. Dependendo do comportamento da inflação e dos preços dos alimentos, a situação será reavaliada para 2025”, informou o Ministério em nota oficial.
Atualmente, todas as famílias beneficiadas pelo Bolsa Família recebem uma parcela mínima de R$ 600. Adicionalmente, famílias com crianças menores de 7 anos recebem um extra de R$ 150 por criança, enquanto gestantes e lactantes, assim como aquelas com crianças de 7 a 18 anos ou adolescentes, recebem um adicional de R$ 50.
Além disso, as famílias que entram na regra de proteção — aquelas que tiveram aumento na renda de até meio salário mínimo por integrante — continuam no programa por até dois anos, recebendo 50% do valor do benefício ao qual teriam direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.
O Bolsa Família é destinado às famílias cuja renda per capita é de, no máximo, R$ 218 por mês. Para se inscrever, é necessário estar registrado no CadÚnico (Cadastro Único do governo federal), que pode ser feito gratuitamente em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou outro posto de atendimento do município.