O Grupo Contadores de Mentira, radicado em Mairiporã, estreia “Estado de Revolta” nos dias 15 e 16 de novembro, às 19h, em sua sede. Com entrada gratuita, o espetáculo aborda questões urgentes da sociedade atual, como abuso de poder, fundamentalismo religioso, precarização do trabalho e organização social. Em uma obra que mistura fisicalidade e poesia, o grupo convida o público a refletir sobre o impacto das injustiças sociais e a necessidade de resistência.
Luta e resistência em cena
O espetáculo faz uma crítica ao modelo neoliberal, à precarização dos sindicatos e ao avanço do conservadorismo, ao mesmo tempo em que resgata a luta histórica da classe trabalhadora. Na sinopse, a metáfora do “banquete” expõe quem “come” os direitos dos oprimidos e os limites da exploração capitalista, levando à explosão da revolta no seio popular. “Estado de Revolta” é uma obra-manifesto que traz alegorias sobre a luta de classes e reflete a jornada do grupo, que, há quase 30 anos, resiste em meio a dificuldades, perseguições e lutas pelo fortalecimento da cultura periférica.
Trajetória marcada por resistência e mudança
Depois de décadas atuando em Suzano, onde enfrentaram violência política e perseguição, o grupo foi acolhido em Mairiporã, onde reestabeleceu seu espaço de criação. Cleiton Pereira, diretor da obra, descreve “Estado de Revolta” como uma resposta artística à violência sofrida, transformando o sofrimento em arte e festa. Com apoio do ProAC e da Secretaria de Cultura de São Paulo, o grupo irá circular por cinco cidades do estado após a estreia, encerrando o projeto com um seminário em dezembro.
Serviço
Espetáculo: “Estado de Revolta”, Grupo Contadores de Mentira
Datas: 15 e 16 de novembro, às 19h
Local: Teatro Contadores de Mentira – Rua Ver Antônio Morelato, 280, Centro de Mairiporã
Ingresso: Gratuito, disponível 1 hora antes do espetáculo (limite de 2 por pessoa)
Classificação: 16 anos