Semanas antes do acidente que resultou na morte de um homem de 35 anos, nesta terça-feira (6), na estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás do metrô de São Paulo, um caso semelhante já havia sido registrado na Linha 2-Verde. Em março, uma passageira ficou presa entre a porta do vagão e a da plataforma na estação Vila Prudente, na Zona Leste da capital. Ela não se feriu, mas as imagens da ocorrência viralizaram nas redes sociais.
No vídeo, com cerca de 50 segundos, a mulher aparece imobilizada, presa entre as portas, sem conseguir mover os braços. Funcionários da companhia atuam para liberá-la enquanto a plataforma permanece lotada. O trem chegou a ser retido durante o atendimento. Apesar do susto, a passageira recusou atendimento médico.
Na ocasião, o Metrô de São Paulo lamentou o ocorrido e afirmou que os funcionários agiram prontamente. A empresa reforçou a importância de os passageiros respeitarem os alertas sonoros e visuais que antecedem o fechamento das portas. No entanto, não confirmou se o sistema possui sensores de segurança capazes de evitar esse tipo de incidente, nem por quanto tempo a mulher permaneceu presa.
O caso reacendeu discussões sobre a eficácia dos sistemas de proteção nas estações e a atuação dos operadores de trem diante de falhas nos mecanismos de detecção.
O episódio mais grave, no entanto, ocorreu nesta terça (6), por volta das 8h, quando um homem ficou preso entre as portas do trem e da plataforma na estação Campo Limpo, operada pela concessionária ViaMobilidade. Segundo relatos, a vítima foi arrastada pelo trem em movimento após tentar embarcar durante o fechamento das portas.
Testemunhas relataram cenas de desespero, com gritos de passageiros pedindo para o trem parar. A vítima não portava documentos e teve ferimentos graves no crânio, segundo informações de um agente da empresa. Quando a equipe de socorro chegou, ele já estava sem sinais vitais.
A ViaMobilidade afirmou que colabora com as investigações e que apura internamente o ocorrido. A Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) acompanha o caso, e o local foi preservado para perícia.