O estado de São Paulo confirmou na segunda-feira (13) o primeiro caso humano de febre amarela em 2025. O paciente, um homem de 27 anos, é morador da capital paulista e esteve recentemente em uma área rural na cidade de Socorro, na região de Campinas, onde já havia sido registrado um caso da doença em macacos.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o homem, que não possuía histórico de vacinação contra a febre amarela, segue internado. A prefeitura de Socorro informou que ele esteve hospedado em uma chácara na zona rural entre 28 e 30 de dezembro.
No ano passado, São Paulo registrou dois casos da doença em humanos, sendo um autóctone (contraído no estado) e outro importado de Minas Gerais, que resultou em óbito. Em 2025, já foram identificados nove casos da doença em primatas não humanos, com sete ocorrências na região de Ribeirão Preto, uma em Pinhalzinho e outra em Socorro.
Prevenção com vacinação e vigilância
Autoridades de saúde reforçam a importância da vacina, disponível gratuitamente nos postos do estado. Desde 2020, a imunização segue as seguintes orientações: duas doses para crianças menores de 5 anos e dose única para maiores de 5 anos.
A Vigilância de Endemias realizará nesta terça-feira (14) uma busca ativa na região onde o paciente esteve, adotando medidas preventivas, como orientação à população e monitoramento de possíveis novos casos.
Além da vacinação, o governo disponibiliza o portal Vacina 100 Dúvidas (www.vacina100duvidas.sp.gov.br), com informações sobre eficácia, efeitos colaterais e a importância da imunização.
Transmissão e sintomas
A febre amarela é transmitida por mosquitos infectados, como o Haemagogus em áreas florestais e o Aedes aegypti em áreas urbanas. Não há transmissão direta entre humanos ou de macacos para humanos.
Os sintomas incluem febre repentina, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a doença pode levar a insuficiência hepática e hemorragias.
As autoridades recomendam atenção aos sintomas e comunicação imediata de macacos mortos ou doentes às equipes de saúde. A vigilância contínua e a vacinação são fundamentais para conter o avanço da doença no estado.