Mulher suspeita de tortura em escola de SP é enviada para Franco da Rocha

Andrea Carvalho Alves Moreira e Eduardo Mori Kawano estão presos desde o final de junho após serem indiciados nove vezes suspeitos pelo crime

TV Globo/Reprodução
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A Justiça de São Paulo manteve a prisão de Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, donos de uma escola em São Paulo investigada por maus-tratos. O casal está preso desde final de junho após ser indiciado nove vezes por tortura.

A decisão de manter o casal preso é do juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, da 19ª Vara Criminal de São Paulo. A partir dela, a prisão temporária foi convertida em preventiva. A escola particular Pequiá, onde teriam ocorrido os crimes, fica no bairro do Cambuci, zona sul da cidade.

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Eduardo Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, donos da escola particular Pequiá

Com a decretação da prisão preventiva, os dois foram transferidos. Kawano foi levado para o centro de detenção provisória de Guarulhos e Moreira foi para a penitenciária feminina de Franco da Rocha.

A defesa dos donos da escola tem negado as acusações e afirmado que o casal é inocente. A decisão pela prisão preventiva é do último dia 18, mas só veio à tona hoje.

O que aconteceu

As suspeitas foram reveladas em junho, quando uma professora entregou imagens com os maus-tratos e prestou depoimento. Em uma das gravações, a dona da escola humilha um menino de 5 anos com dificuldade para fazer necessidades fisiológicas, chamando o garoto de “louco”.

Em outro vídeo, uma menina de apenas 1 ano e 8 meses aparece recolhendo brinquedos e chorando. Em seguida, a dona da escola diz “guarda dentro da caixa” e ergue a criança com violência pelas mãos. “Pode guardar tudo isso aí! Agora! Pode recolher!”, diz um homem. A voz é atribuída ao dono da escola.

Inicialmente, o caso começou a ser investigado pela Polícia Civil como maus-tratos. Mas os registros em foto e vídeo das crianças e os depoimentos fizeram com que a investigação passasse a tratar os episódios ocorridos na escola como tortura, com pena de até oito anos de prisão.

Segundo depoimentos à polícia, as crianças costumavam ficar sem o lanche oferecido no café da manhã porque precisavam “comer rapidamente”.

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