Em declaração nesta quarta-feira (28), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) posicionou-se a favor do aumento das tarifas de transporte público em São Paulo a partir do próximo ano. O preço das passagens de ônibus, trem e metrô permanece inalterado em R$ 4,40 desde 2020.
Tarcísio alertou para o risco iminente de insolvência do Metrô e CPTM, empresas estatais vinculadas ao governo estadual, devido à escassez de recursos. Argumentou que o incremento nos subsídios para manter a tarifa no mesmo patamar por mais um ano poderia comprometer verbas destinadas a outras áreas essenciais.
“A tarifa está congelada há muito tempo. A gente tem que começar a fazer conta. Porque ou eu repasso alguma coisa para a tarifa ou a gente permanece com ela congelada e eu aumento subsídio”, afirmou Tarcísio.
O governador ressaltou a dificuldade de conciliar a manutenção do congelamento tarifário com a necessidade de recursos adicionais para as empresas estatais. Ele destacou a responsabilidade contratual de manter o sistema operando e alertou que, caso seja necessário aumentar os subsídios, será preciso realocar recursos de outras áreas, dado que o orçamento é finito.
“Não tem almoço de graça. Se a tarifa não subiu, o custo subiu. Eu tenho uma responsabilidade contratual, tenho que manter o sistema operando. Até porque as empresas públicas, CPTM e Metrô não vão ter solvência financeira se não houver repasse, e o fato de a tarifa estar congelada há muito tempo vai prejudicando a saúde financeira das empresas”, acrescentou.
Apesar da defesa do aumento, Tarcísio expressou sua intenção de buscar um consenso com a gestão do prefeito Ricardo Nunes, visando manter o mesmo valor de tarifa tanto para o metrô quanto para os trens e ônibus municipais. Ele descartou a possibilidade de tarifas diferenciadas, destacando a importância de uma abordagem conjunta.