Lula usa viagens oficiais para impulsionar aliados em cidades estratégicas nas eleições

Dos 36 municípios percorridos em 2024, em ao menos 20 ele tem candidato; Planalto nega caráter eleitoral

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu sua promessa de intensificar viagens pelo Brasil no primeiro semestre deste ano, focando em cidades estratégicas no mapa eleitoral do PT e do governo. O objetivo é reforçar a presença em capitais e cidades de médio porte onde o partido e seus aliados acreditam ter chances de vitória nas eleições municipais de outubro.

Lula esteve presente em 36 cidades brasileiras nos primeiros seis meses do ano, das quais em ao menos 20 o PT lançou candidatos ou participa de alianças com boas chances de sucesso eleitoral. Nos últimos dias, o presidente visitou três cidades de Minas Gerais, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Feira de Santana, Recife e Goiânia. O levantamento é da Folha de S. Paulo.

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Em nota, o Palácio do Planalto negou o caráter eleitoral das viagens, afirmando que os compromissos presidenciais seguem o cronograma de entregas e anúncios de novas medidas. “Os critérios para definição dos compromissos presidenciais nacionais têm como parâmetro o cronograma de entregas e anúncios de novas medidas, além da disponibilidade de agenda do chefe do Executivo”, explicou o comunicado.

Durante suas visitas, Lula tem adotado a estratégia de aumentar o número de entrevistas, conversando com veículos de mídia locais em cada parada. Na manhã desta sexta-feira (5), ele participou da inauguração do novo edifício acadêmico e administrativo da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (EPPEN), no Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ao lado do deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Osasco, Emidio de Souza.

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Contudo, a corrida por viagens se intensificou devido ao período de restrições da Justiça Eleitoral, que entra em vigor a partir de 6 de julho. A partir dessa data, as autoridades públicas estão proibidas de participar de inaugurações públicas e realizar nomeações, exonerações ou contratações de agentes, além de outras limitações que visam garantir a isonomia nas eleições.

O PT também reuniu seu Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) para ajustar novas candidaturas e definir prioridades. Mesmo com a agenda intensa de Lula pelo país, a principal prioridade do governo segue sendo a eleição de Guilherme Boulos (PSOL) para a prefeitura de São Paulo. No último sábado (29), Lula compartilhou o palanque com Boulos em dois eventos na capital paulista, reforçando a estratégia de se posicionar como defensor dos mais pobres.

Com a proximidade das restrições eleitorais, a União também ficará limitada em suas ações, não podendo realizar transferências voluntárias aos estados e municípios, exceto em casos de emergência ou calamidade pública.

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